Sabe aquela sensação de que todo mundo está vivendo a melhor fase da vida — menos você? Bem-vindo ao universo do Fomo universitário, um termo que virou queridinho nas conversas sobre saúde mental, especialmente na faculdade. E, sim, ele é bem real.
Afinal, enquanto você recusa um rolê para estudar, parece que seus amigos estão numa sequência infinita de festas, viagens, crushs e experiências inesquecíveis. Bora entender de onde vem essa pressão e, principalmente, como não surtar no meio disso tudo.
O que é Fomo e por que ele pega tão forte na faculdade?
Fomo é a sigla para fear of missing out, que significa, literalmente, “medo de ficar de fora”. E, na faculdade, isso se potencializa. Afinal, esse período é vendido como “a melhor fase da vida”, cheia de rolês, festas, viagens, congressos, intercâmbios, projetos, crushs e uma lista infinita de possibilidades.
É aí que mora a armadilha: a sensação de que, se você não viver tudo isso, está desperdiçando uma chance única. E, claro, a influência das redes sociais só piora essa história. Afinal, é impossível abrir o Instagram e não se comparar.
Se quiser entender mais sobre esse termo, dá uma olhada aqui nesse post.
A influência das redes sociais no Fomo universitário
Basta alguns minutos rolando o feed pra começar a bater aquela ansiedade. As redes sociais criam uma realidade editada onde todo mundo parece estar sempre feliz, sociável, produtivo e vivendo experiências incríveis.
O problema é que, na prática, a gente esquece que o que aparece ali é só um recorte — e, na comparação, quem perde é sempre quem tá do outro lado da tela.
Aliás, se quiser entender mais sobre como as redes impactam nossa vida acadêmica, dá uma olhada nesse conteúdo que preparamos: A influência das redes sociais na vida acadêmica.
O papel dos algoritmos no Fomo universitário
Os algoritmos são especialistas em servir conteúdo que gera engajamento — e poucas coisas engajam mais do que ostentação de experiências. Quanto mais você vê pessoas se divertindo, mais acha que deveria estar fazendo o mesmo.
O feed não mostra quem ficou de boa vendo série, nem quem decidiu priorizar um semestre mais tranquilo. Só aparecem os highlights: viagens, festas, amores de verão e conquistas acadêmicas incríveis. Esse ciclo alimenta diretamente o fomo.
O impacto do Fomo na saúde mental dos universitários
Viver nessa corrida maluca pra não perder nada cobra um preço. Ansiedade, estresse, sensação de insuficiência, esgotamento e até episódios de tristeza e depressão.
Quando você tenta estar em todos os eventos, aceitar todos os convites, participar de todos os grupos, dar conta de todos os projetos… uma hora a conta chega. E, spoiler: não é leve.
A faculdade deveria ser um espaço de crescimento, aprendizado e construção de memórias — e não uma maratona interminável de experiências impostas pelos outros (ou pelas redes).
Quando buscar ajuda profissional é necessário
Nem sempre dá pra segurar sozinho. Se você percebe que a ansiedade por “não perder nada” está tomando conta, que tá difícil se concentrar, dormir, se sentir bem ou até manter o ânimo pra estudar, talvez seja hora de procurar ajuda profissional.
Terapia não é só pra quem tá no limite — é uma ferramenta incrível pra quem quer se entender melhor, aprender a se acolher e encontrar equilíbrio no meio
O lado invisível do Fomo: o cansaço emocional
Falar de fomo é também falar de exaustão. Porque, no fundo, viver tentando estar em todos os lugares, em todos os momentos, é cansativo. Muito.
É aquele cansaço que não passa nem dormindo. A mente não desliga, o corpo não relaxa e, aos poucos, até coisas que antes eram legais passam a parecer obrigações.
Se você percebe que até os rolês mais esperados começaram a parecer pesados, pode ser um sinal claro de que o fomo tá te drenando mais do que você imagina
Fomo acadêmico: a pressão além dos rolês
E não pense que o fomo vive só no mundo dos eventos e festas. Ele também mora no universo acadêmico: cursos extras, iniciações científicas, intercâmbios, monitorias, eventos profissionais… parece que, se você não faz tudo isso, está ficando pra trás.
A pressão de acumular certificados, experiências acadêmicas e currículos impecáveis também gera ansiedade e esgota qualquer um.
Quando o Fomo afeta os relacionamentos universitários
O medo de ficar de fora também se estende às relações. Dá aquele receio de não fazer parte de grupos, de não viver romances inesquecíveis ou de não ter uma rede de amigos tão sólida quanto parece no feed dos outros.
Isso cria ansiedade social, medo de rejeição e até isolamento — o famoso paradoxo de estar cercado de gente, mas se sentir sozinho.
Como o Fomo muda ao longo da faculdade
Se você tá nos primeiros semestres, é provável que o fomo esteja batendo mais forte. Afinal, tudo é novidade: novas amizades, festas, eventos, viagens, crushs e uma lista infinita de experiências que parecem obrigatórias.
Mas, a verdade é que, conforme os semestres passam, muita gente percebe que não dá — nem faz sentido — estar em tudo, o tempo todo. Aos poucos, você começa a entender melhor seus próprios limites, preferências e prioridades. E tudo bem se você não quiser ir naquela festa lotada ou se não curtir fazer viagens aleatórias com gente que mal conhece.
O fomo não some, mas se transforma. E, na medida em que você se conhece, ele pesa cada vez menos.

Sinais de que você está caindo na armadilha do Fomo universitário
Nem sempre é fácil perceber que o fomo tá te dominando. Por isso, se liga nesses sinais de alerta:
- Você sente culpa quando diz “não” pra um rolê ou evento.
- Fica ansioso vendo os stories da galera, com medo de estar “perdendo algo”.
- Aceita convites só pra não se sentir excluído, mesmo sem vontade.
- Percebe que tá gastando energia tentando viver experiências que nem fazem tanto sentido pra você.
- Tem dificuldade de curtir o presente, porque tá sempre pensando no que poderia estar fazendo.
Se você se identificou com vários desses pontos, talvez seja hora de dar uma pausa, refletir e cuidar da sua saúde mental.
Construindo uma faculdade mais saudável emocionalmente
Tá tudo bem querer viver coisas incríveis na faculdade — e você vai viver, sim. Mas a gente também pode (e deve) ajudar a criar ambientes onde ninguém se sinta na obrigação de estar em tudo o tempo todo.
Como fazer isso na prática?
- Começando por normalizar conversas sobre saúde mental no dia a dia.
- Postando nas redes não só os momentos perfeitos, mas também os reais — aquela sexta de pijama vendo série, sabe?
- Parando de romantizar a exaustão, seja ela social ou acadêmica. Cansar não é sinal de fracasso.
- Respeitando quando alguém escolhe não participar de um rolê — sem julgamentos, sem pressão.
No fim das contas, criar um ambiente mais acolhedor é um presente coletivo pra todo mundo que tá dividindo essa jornada chamada faculdade.
Então… como lidar com o Fomo universitário?
O fomo na faculdade é real, mas ele não precisa comandar sua vida. Dá pra viver essa fase de forma mais leve, priorizando o que faz sentido pra você e lembrando que nem tudo que reluz no feed dos outros é ouro.
E se quiser entender ainda mais sobre esse fenômeno, vale conferir nosso conteúdo sobre o que é fomo e também sobre como as redes sociais impactam a vida acadêmica. Bora viver sua jornada, no seu tempo, do seu jeito.