Se a sua cabeça vive nas nuvens (ou melhor, nos aeroportos) e o coração bate mais forte por carimbos no passaporte, talvez você já tenha se perguntado: dá para estudar enquanto viaja? Spoiler: dá, sim. E a resposta tem tudo a ver com estilo de vida, organização e boas escolhas — sem abrir mão da liberdade que só uma boa viagem oferece.
Seja no meio de um mochilão pela América do Sul, num café em Lisboa ou num coworking em São Paulo, cada vez mais estudantes estão provando que é possível manter as notas em dia mesmo vivendo com uma mala nas costas. Mas como transformar essa ideia em realidade? Bora descobrir!
Estudante nômade: quem é esse ser?
Sabe aquela pessoa que tá assistindo aula direto de um hostel no Chile e, na semana seguinte, entrega um trabalho da biblioteca de uma cidadezinha portuguesa? Pois é, esse é o estudante nômade. Ele estuda, trabalha e vive explorando novos cantos — tudo isso com uma mochila, um notebook e uma boa conexão Wi-Fi.
Alguns optam por trancar o curso e cair na estrada, mas outros estão mantendo a matrícula ativa e conciliando tudo. Com as opções de graduação a distância (EAD) e aulas híbridas, ficou mais viável montar uma rotina que cabe na mala de mão.
Estudo remoto + trabalho remoto = liberdade com responsabilidade
A ascensão do ensino a distância (EaD) abriu portas que antes pareciam trancadas com mil cadeados. Hoje, dá para assistir aulas online, entregar trabalhos no Moodle e participar de grupos de estudo por Zoom. Tudo isso sem precisar estar preso a um endereço fixo.
A galera que aposta no combo estudo remoto + trabalho freelancer (ou home office mesmo) costuma ter mais liberdade para montar sua rotina. Redatores, designers, programadores e até professores de idiomas estão aproveitando essa brecha para rodar o mundo com o notebook debaixo do braço. O segredo? Disciplina e planejamento.
Apps que salvam a vida de escolhe estudar viajando
Organizar a vida na estrada exige mais do que vontade. Felizmente, tem aplicativo para quase tudo:
Notion ou Evernote: para centralizar anotações, cronogramas e metas.
Trello ou Asana: ideais para planejar as entregas e acompanhar as tarefas.
Google Calendar: o básico que nunca falha para lembrar de prazos e aulas.
Duolingo: se for estudar fora ou conviver com outros idiomas, vai ser seu companheiro de bolso.
Rome2Rio e Skyscanner: ótimos para planejar trajetos e passagens sem comprometer o orçamento.
WiFi Map: porque uma boa conexão é essencial para qualquer aula ao vivo.
Como se organizar para estudar (sem virar um robô)
A maior cilada de quem estuda viajando é cair na ideia de que tudo será fácil. A realidade exige esforço. Estabelecer rotinas flexíveis é o pulo do gato. Por exemplo:
Escolha horários fixos para estudar, mesmo que eles mudem conforme o fuso horário.
Tenha um checklist semanal com as metas acadêmicas e pessoais.
Respeite seu ritmo: nem sempre vai dar pra ser 100% produtivo e tudo bem.
Planeje seus destinos com antecedência, priorizando lugares com boa internet e estrutura.
Ah, e se quiser aprender a montar um roteiro bacana sem falir, tem um conteúdo completo nosso que pode te ajudar: Viagens universitárias: planeje sem estourar o orçamento.
Intercâmbios e programas universitários que incentivam a mobilidade
Mesmo fora do EAD, algumas faculdades oferecem programas de intercâmbio, dupla diplomação e até parcerias com universidades estrangeiras — o famoso convênio internacional. Isso pode ser um jeito institucionalizado de estudar viajando, com apoio financeiro, acolhimento acadêmico e validação de disciplinas.
Você também pode explorar alternativas como:
- Erasmus+ (na Europa), para quem está em universidades com parcerias;
- Ciência sem Fronteiras (quando disponível) ou outras bolsas brasileiras;
- Summer Schools: cursos de verão de curta duração em várias áreas e países.
Vale ficar de olho nos editais e conversar com a coordenação do seu curso. Às vezes, o mundo está ao alcance de um e-mail.

Trabalhos remotos que combinam com a rotina de estudante viajante
Nem todo trabalho remoto exige 8 horas por dia. Muitos universitários estão apostando em freelas que se adaptam bem à agenda de aulas, como:
- Produção de conteúdo (redação, blogs, copywriting);
- Design gráfico e edição de vídeo;
- Aulas de idiomas;
- Suporte técnico e atendimento ao cliente remoto;
- Marketing digital (principalmente gestão de redes sociais).
A dica aqui é montar um portfólio online, definir sua disponibilidade semanal e não abraçar mais do que dá conta. Afinal, o objetivo é poder viajar e estudar, sem abrir mão do seu tempo ou da sua saúde mental.
Como manter a saúde mental e emocional longe de casa
Estar longe da rotina tradicional tem seus encantos — mas também seus desafios. A solidão, a saudade de casa e o excesso de tarefas podem pesar. Por isso, vale investir em práticas simples:
- Terapia online, com horários flexíveis;
- Diários de bordo, para registrar experiências e emoções;
- Grupos de apoio virtuais, com outros estudantes na mesma pegada;
- Momentos offline, longe das telas, para respirar, caminhar e apenas estar no lugar.
Viver viajando enquanto estuda é incrível, mas não precisa ser uma maratona. Cuide da cabeça pra curtir a estrada.
Estudar viajando rola mesmo ou é só ilusão?
Sim, rola. Mas nem sempre como nos Reels perfeitos que aparecem no feed. Tem dia que a internet cai, que o fuso atrapalha, que você precisa estudar enquanto o grupo sai pra explorar. E tá tudo bem. Viajar enquanto estuda exige maturidade e comprometimento — mas é uma oportunidade única de crescer por dentro e por fora.
Se você é do tipo que aprende tanto com uma planilha quanto com uma conversa em outra língua, estudar viajando pode ser exatamente o que você precisava. Com planejamento, um bom cronograma e algumas ferramentas digitais, dá para estudar com o pé no mundo sem perder o foco.
Estilo de vida: o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade
Estudar viajando não é férias eternas, mas pode ser um dos capítulos mais incríveis da sua vida universitária. É sobre criar memórias enquanto cumpre prazos, visitar novos lugares entre uma leitura e outra, e se descobrir mais autônomo do que imaginava.
Essa escolha exige responsabilidade, mas também oferece uma liberdade rara: a de decidir onde será sua próxima “sala de aula”. Pode ser um hostel em Cusco, um parque em Berlim ou até mesmo uma rede em Trancoso.
Dê o primeiro passo e embarque nessa jornada de estudar entre as viagens
Estudar não precisa significar estar parado. Com organização, mindset certo e uma dose de coragem, você pode transformar a viagem dos sonhos em um semestre produtivo — e inesquecível.
Quem disse que dá pra viver tudo ao mesmo tempo agora… não sabia que você ia levar isso tão a sério, né?