Quando olhamos para quem ocupa o cargo mais alto de uma nação, raramente pensamos em onde essa pessoa estudou. Mas as universidades que esses presidentes frequentaram dizem muito sobre seus caminhos, influências e, às vezes, até suas visões de mundo. De Harvard a instituições pouco conhecidas, o mapa da formação acadêmica dos líderes globais é mais curioso do que parece.
Neste post, a gente fez uma seleção das universidades que marcaram a trajetória de alguns presidentes famosos. Spoiler: nem todas são Ivy League, e algumas nem ficam nos EUA.
Universidades onde os presidentes estudaram
Harvard, a queridinha dos presidentes americanos
Harvard University é praticamente um condomínio fechado de ex-presidentes dos Estados Unidos. Barack Obama, por exemplo, se formou em Direito por lá, assim como John F. Kennedy estudou Ciências Políticas em Harvard. A instituição é conhecida não só pelo ensino de ponta, mas por ser um celeiro de futuras lideranças — muitas delas saem direto da sala de aula para a arena política.
Universidade de Oxford: tradição britânica e política global
Se cruzarmos o oceano, a Universidade de Oxford é outra que tem presidentes e primeiros-ministros no currículo. Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, foi bolsista em Oxford antes de retornar aos EUA para seguir sua trajetória política. Sem falar em uma lista enorme de líderes britânicos e até chefes de Estado de ex-colônias do Império Britânico que passaram por lá.
Universidade de São Petersburgo: o início do caminho de Vladimir Putin
Vladimir Putin, presidente da Rússia, se formou em Direito na Universidade Estatal de Leningrado, que hoje é chamada Universidade Estatal de São Petersburgo. Por mais que a política russa seja um capítulo à parte, a base acadêmica de Putin também é uma peça importante da sua construção como figura de poder.
Universidade de Pequim: o caminho de Xi Jinping
Xi Jinping, presidente da China, também passou por uma das instituições mais prestigiadas do seu país. Ele estudou Engenharia Química na Universidade de Tsinghua, em Pequim. Não é uma universidade muito conhecida no Ocidente, mas é uma das mais respeitadas da Ásia — especialmente por formar quadros do Partido Comunista Chinês.
Universidades latinas: Lula, Mujica e companhia
Na América Latina, os caminhos são diferentes. Muitos presidentes não têm formação acadêmica tradicional — o que mostra que universidades são importantes, mas não únicas no trajeto até o poder.
Lula, por exemplo, presidente do Brasil, não cursou universidade. Seu currículo de vida e sua atuação sindical o levaram até a presidência. Já José Mujica, ex-presidente do Uruguai, também não passou por instituições de ensino superior tradicionais — sua trajetória foi moldada pela militância política.
Emmanuel Macron e a École Nationale d’Administration (ENA)
Na França, Emmanuel Macron se formou em Filosofia e depois entrou na prestigiada ENA (École Nationale d’Administration), uma verdadeira fábrica de políticos no país. Muitos presidentes e primeiros-ministros franceses passaram por essa escola. Ela representa um modelo francês de formação de elite, onde o acesso é super disputado e os formandos já saem com carreira pública quase garantida.
Universidades que formaram presidentes em tempos de guerra
Durante períodos de conflito, algumas universidades ganharam destaque por formarem líderes com perfis estratégicos e militares. Franklin D. Roosevelt, por exemplo, se formou em Harvard, mas sua formação também passou por experiências práticas no governo. Dwight D. Eisenhower, outro ex-presidente dos EUA, se formou na United States Military Academy, em West Point — uma universidade voltada exclusivamente para formação militar.
Esse tipo de instituição é crucial em contextos onde a liderança exige não só estratégia política, mas também treinamento tático.
Universidades e presidentes de países emergentes: um retrato da diversidade
Enquanto muitos países desenvolvidos concentram seus presidentes nas grandes universidades de elite, nos países emergentes o cenário é muito mais diverso. No México, por exemplo, Andrés Manuel López Obrador se formou em Ciências Políticas pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) — uma instituição pública reconhecida, mas com um perfil mais popular.
Na Nigéria, o presidente Muhammadu Buhari não tem formação universitária tradicional, mas passou por escolas militares locais. Isso reforça a ideia de que o caminho até a liderança pode ser moldado pela realidade social e histórica de cada país — e que as universidades, quando presentes, ajudam a dar um toque técnico à bagagem desses líderes.
E o futuro? As novas universidades que podem formar os próximos presidentes
Com o avanço da tecnologia, a globalização e os novos formatos de ensino, é possível que os próximos presidentes do mundo venham de universidades que hoje ainda nem são destaque nos rankings. Faculdades voltadas para inovação, sustentabilidade ou até educação híbrida já começam a formar perfis de liderança mais conectados com os desafios do século XXI.
Quem sabe a próxima geração de líderes saia de um campus digital?

Outras universidades curiosas que já formaram presidentes
Nem só de gigantes internacionais vivem os líderes. Algumas universidades pouco conhecidas já aparecem no currículo de presidentes:
Universidade Makerere (Uganda): formou o presidente Yoweri Museveni;
Universidade de Gana: por onde passou John Mahama, ex-presidente do país;
Universidade da Namíbia: frequentada por Hage Geingob, presidente da Namíbia;
Universidade do Cairo: onde Hosni Mubarak estudou Ciências Militares.
Esses exemplos mostram que, sim, grandes universidades ajudam, mas o caminho até a presidência passa também por história pessoal, contexto político e muita estratégia.
Universidades e o Brasil nessa história
Apesar de muitos ex-presidentes brasileiros não terem uma formação acadêmica padrão (como já citamos com Lula), outros passaram por instituições renomadas.
Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foi professor da USP e teve papel importante na sociologia brasileira. Já Dilma Rousseff estudou Economia na UFRGS. Michel Temer é formado em Direito pela USP. Ou seja, as universidades também têm sua marca na política nacional.
Aproveitando: se quiser saber mais sobre as melhores universidades do Brasil, temos duas listas que podem te ajudar a entender onde estão os polos de excelência hoje em dia. Dá uma olhada nesses conteúdos:
- Melhores e piores universidades do Brasil segundo o RUF 2024;
- Melhores universidades de São Paulo: top instituições para estudar em 2025.
Universidades: por que isso importa?
Saber onde estudaram os presidentes do mundo não é só uma curiosidade aleatória. As universidades influenciam o tipo de pensamento, os contatos e até a visão política dos líderes. É nesse ambiente que muitos deles criam suas redes, testam ideias e começam a se projetar. Claro que nem todo presidente passou por instituições renomadas, mas quando passou, isso geralmente fez diferença.
No fim das contas, as universidades continuam sendo centros de formação de muito mais do que só profissionais: elas formam histórias, trajetórias e, às vezes, líderes mundiais.