Se tem uma coisa que nunca falta em universidades é criatividade. Entre provas puxadas, festas memoráveis e histórias que viram lenda, muitas instituições ao redor do mundo guardam tradições pra lá de peculiares. Algumas são engraçadas, outras beiram o inacreditável, mas todas têm algo em comum: fazem parte da identidade dos estudantes e criam memórias que duram a vida toda.
Prepare-se, porque a viagem de hoje passa por diferentes países e revela as tradições universitárias mais bizarras e inusitadas que você provavelmente nunca imaginou que existissem.
As tradições em universidades pelo mundo
O “beijo do peixe” em Oxford
A Universidade de Oxford, na Inglaterra, é conhecida pela sua elegância e história, mas também carrega uma tradição nada glamourosa. Em alguns cursos, os calouros precisam “beijar um peixe” como parte de rituais de boas-vindas. A ideia? Simbolizar coragem e espírito de grupo, além de render boas risadas entre veteranos. Não é exatamente um jantar sofisticado, mas já virou parte da mística da instituição.
A corrida dos calouros em St. Andrews
Na Escócia, a Universidade de St. Andrews tem uma tradição peculiar chamada Raisin Weekend. Os calouros passam por uma série de tarefas divertidas organizadas pelos veteranos e, como clímax, participam de uma corrida coletiva pelo campus vestidos com fantasias bizarras. O resultado? Uma mistura de carnaval com gincana universitária que faz sucesso há décadas.
O boneco queimado em Praga
Na Universidade Charles, na República Tcheca, existe uma tradição curiosa chamada “queima do boneco”. Ao final de cada semestre, estudantes se reúnem para queimar uma figura de palha que representa o estresse acumulado durante os estudos. Além de ser uma catarse coletiva, o ritual simboliza renovação e um novo começo. É tipo um Réveillon acadêmico.
O banho gelado em Harvard
Nem só de formaturas sofisticadas vive Harvard. Uma das tradições mais famosas é o mergulho coletivo na fonte do campus durante a madrugada antes do primeiro dia de provas finais. Não importa se está nevando ou congelando: os estudantes encaram a água gelada como um “batismo de coragem” acadêmico.
O duelo de travesseiros em Toronto
Na Universidade de Toronto, no Canadá, estudantes transformaram a pressão da vida acadêmica em pura diversão. Uma vez por ano, o campus vira palco de uma gigantesca guerra de travesseiros, reunindo centenas de pessoas. O barulho é grande, as penas voam, mas o objetivo é simples: aliviar o estresse com uma boa dose de risadas.
A chuva de relógios em Zurique
Na ETH Zurich, na Suíça, existe uma tradição inusitada: estudantes jogam relógios antigos do alto de um prédio para simbolizar o fim da pressão do tempo durante os estudos. O momento é encarado como libertador e rende cenas incríveis. Afinal, nada como ver o “tempo” literalmente quebrando no chão.
O que essas tradições têm em comum?
Apesar das diferenças culturais, todas essas tradições têm algo especial em comum: reforçam os laços entre os estudantes e criam memórias únicas. A vida universitária não se resume a provas, trabalhos e noites mal dormidas; ela também é feita de experiências coletivas que ficam guardadas na história de cada pessoa.
Outras tradições universitárias que merecem destaque
Além das que já citamos, várias universidades pelo mundo mantêm costumes que podem surpreender:
MIT (EUA): os famosos hacks, ou pegadinhas elaboradas, como colocar um carro no telhado de um prédio.
Universidade de Bolonha (Itália): veteranos pintam o rosto dos formandos de vermelho para celebrar o fim do curso.
Universidade de Tóquio (Japão): alunos se reúnem em um festival anual de karaokê, onde vale desafinar sem medo.
Universidades e tradições de iniciação de calouros
Além das festas e rituais de fim de semestre, muitas universidades mantêm tradições ligadas à chegada dos calouros. Em alguns lugares, a recepção é marcada por brincadeiras leves e bem-humoradas; em outros, por rituais que chegam a ser desafiadores.
A Universidade de Cambridge, por exemplo, é famosa pelas “corridas de pato”, em que os novatos atravessam lagos artificiais vestidos com fantasias ridículas. Já na Austrália, algumas instituições promovem o chamado O-Week (Orientation Week), uma semana inteira dedicada a jogos, desafios e atividades culturais que ajudam os novos alunos a se sentirem parte da comunidade acadêmica.
Universidades e tradições ligadas à formatura
Enquanto uns celebram a chegada, outros marcam a despedida da vida acadêmica com costumes curiosos. Na Espanha, estudantes da Universidade de Salamanca têm o hábito de colar moedas antigas em uma estátua histórica da cidade como forma de pedir sorte na nova etapa da vida.
Já no México, algumas universidades celebram o fim do curso com serenatas organizadas pelos colegas, que cantam músicas típicas como uma forma de despedida e agradecimento. Esses rituais mostram como cada cultura encontra maneiras criativas de transformar a formatura em um momento ainda mais simbólico.
Universidades e tradições que viraram lenda
Em várias universidades, as tradições são tão antigas que se misturam com lendas e mitos estudantis. Em Princeton, por exemplo, diz-se que qualquer estudante que saia pela frente principal da universidade antes da formatura corre o risco de nunca conseguir concluir o curso.
Já em Tóquio, há a crença de que escrever o nome em certos muros do campus traz azar acadêmico. Essas histórias, ainda que cheias de superstição, acabam criando um senso de pertencimento e cumplicidade entre os estudantes.
Tradições e festas: lado a lado na vida universitária
Essas tradições mostram como cada universidade cria sua própria identidade. E, claro, muitas vezes elas se misturam com festas que fazem parte do calendário estudantil. Aliás, se você ficou curioso para conhecer como são as festas universitárias em outros países, nós já falamos disso por aqui: como são as festas universitárias de outros países.
O mundo divertido e inusitado das universidades
As universidades são mais do que espaços de estudo; elas são verdadeiros laboratórios de experiências sociais, culturais e até mesmo bizarras. As tradições que surgem nesses ambientes podem parecer estranhas à primeira vista, mas cumprem um papel importante: unir pessoas, criar histórias e tornar a jornada acadêmica inesquecível.
Seja beijando um peixe em Oxford, mergulhando em águas congelantes em Harvard ou queimando bonecos em Praga, uma coisa é certa: as tradições universitárias mostram que a vida acadêmica é muito mais divertida (e inusitada) do que se imagina.