Quem nunca ouviu uma história absurda vinda de uma república universitária que atire a primeira cerveja! Esse universo paralelo que mistura independência, caos organizado e laços de amizade eterna está espalhado por todo o Brasil, com epicentros bem marcados em cidades universitárias que respiram esse estilo de vida. Então, a gente resolveu investigar (e se divertir no processo) pra trazer um ranking com as repúblicas mais insanas do país — daquelas que você entra pra viver uns meses e sai com uma tese em sobrevivência estudantil.
O que faz uma república ser insana?
É o conjunto da obra: gente de todo tipo, histórias absurdas, improvisos diários e uma rotina onde o inesperado é regra. Tem república que vira palco de banda universitária, outra que organiza eventos solidários e até quem gere uma horta comunitária no quintal (entre latinhas e cadeiras de plástico, claro).
E o mais louco? Mesmo com todas as tretas, loucuras e geladeiras vazias, essas casas criam laços que resistem ao tempo, às formaturas e até à distância.
Ranking das maiores repúblicas do Brasil
Ouro Preto: o Olimpo das Repúblicas
Se tem um lugar onde o conceito de república universitária virou praticamente patrimônio cultural, é em Ouro Preto, Minas Gerais. São mais de 300 repúblicas cadastradas pela UFOP, muitas delas centenárias. Lá, os calouros passam por o temido “batismo” — mas calma, não é nada ilegal (na maioria das vezes). O que rola é um ritual de integração cheio de pegadinhas, apelidos eternos e desafios que transformam desconhecidos em uma família caótica e fiel.
Destaques: Repúblicas como a Querosene, Esculacho e Gambá são lendárias por festas temáticas que viram lendas urbanas — literalmente.
Viçosa: onde a zoeira encontra a botânica
A UFV é conhecida por sua excelência em ciências agrárias, mas quem já viveu lá sabe que as repúblicas também são um campo fértil pra boas histórias. Em Viçosa, a criatividade reina: tem república com nome de feijão, outra que só entra quem sabe cozinhar e até república temática de sertanejo universitário.
O diferencial? As festas open bar com nomes esdrúxulos, tipo “Arraiá do Fim do Mundo” e “Samba do Agrotóxico”. Tudo isso regado a muito improviso e um senso de comunidade que só quem vive sabe.
São Carlos: engenharia, loucura e latinhas
Lar da USP e da UFSCar, São Carlos é aquele tipo de cidade onde os cálculos avançados de engenharia convivem tranquilamente com churrascos no meio da semana. As repúblicas daqui são mais modernas, mas não menos insanas. Inclusive, os veteranos criaram uma cultura de festas coordenadas, gincanas malucas e até liga de jogos entre repúblicas.
Uma curiosidade: tem república que só aceita gente do curso de mecatrônica e outra que organiza o “Cervejathlon”, uma maratona de cerveja que desafia até os mais preparados.
Lavras: onde o interior mineiro enlouquece
A UFLA pode parecer tranquila à primeira vista, mas não se engane. As repúblicas de Lavras são verdadeiros centros de resistência à monotonia. Lá, os estudantes se unem pra tudo — de reformas coletivas a resgates de amigos esquecidos nas festas. A união é tanta que já teve república que se mudou inteira pra um novo endereço e manteve o mesmo nome e estrutura social.
Churrasco improvisado no meio da semana? Tem. Festa temática sobre fungos e bactérias? Também. Tudo sempre embalado por uma trilha sonora que mistura pagodão e rock rural.
Curitiba: repúblicas no frio, mas o rolê é quente
Na capital paranaense, as repúblicas podem até ser um pouco mais discretas por fora, mas por dentro… o bicho pega. A UTFPR e a UFPR abrigam dezenas de repúblicas que promovem encontros de diferentes cursos, jogos entre casas, festas colaborativas e até campeonatos de karaokê com premiação em pizza.
O frio? Só estimula o povo a se aglomerar na sala em frente ao aquecedor portátil, armando planos mirabolantes para os próximos rolês.

Do trote à despedida: os ciclos da vida nas repúblicas
Viver em uma república é entrar num ciclo eterno de chegadas e partidas. Isso porque desde o primeiro trote até o último churrasco de formatura, muita coisa muda — menos a intensidade das histórias. Cada novo morador herda não só um colchão e um armário, mas também tradições, lendas internas e, às vezes, apelidos que grudam pra sempre. E quando chega a hora da despedida, é impossível não rolar uma lágrima ou um brinde coletivo.
Sobrevivência gastronômica: o que (não) se come nas repúblicas
Na cozinha das repúblicas, improviso é rei. Já virou clássico o almoço feito com pão velho, arroz requentado e ovo frito na tampa da panela. Tem aquele morador que tenta gourmetizar a janta com molho de tomate pronto e o outro que sobrevive a base de miojo cru com ketchup. Sem falar nos mitos culinários: o arroz com energético, o feijão com bacon e chocolate… e a lendária maionese de ontem que ninguém teve coragem de jogar fora.
Organização ou caos? Como funciona (ou não) a logística de uma república
Quem vê de fora não imagina: tem toda uma logística por trás de uma república — mesmo que seja caótica. A planilha de limpeza é mais ignorada do que manual de micro-ondas, mas segue ali, firme. As vaquinhas pra pagar o gás, o Wi-Fi e os produtos de limpeza viram debates mensais com direito a discursos dignos de assembleia. E o famoso “repúblicômetro” — um sistema não-oficial pra medir o nível de bagunça — define se vai rolar faxina ou mais uma rodada de desculpas esfarrapadas.
A sobrevivência é real (e vale a pena)
Em resumo, viver numa república é um capítulo à parte da vida universitária no Brasil. Afinal, é onde a gente aprende a lidar com diferenças, a fazer arroz em frigideira e a rir das próprias desgraças. É onde a bagunça vira lar e os amigos viram família. Ah, aliás, sim, é onde acontecem algumas das melhores memórias da graduação.
Inclusive, se você tá prestes a encarar esse desafio, dá uma olhada nesse conteúdo especial que preparamos: Repúblicas universitárias: o que esperar sobre.