Se você é universitário e passa mais tempo do que gostaria rolando o feed do TikTok, pode não ter percebido, mas está tendo uma aula extra — daquelas que não vêm com slide nem presença obrigatória. Entre trends, dancinhas e vídeos de “um dia na minha vida na faculdade”, os influencers universitários estão ensinando (sem querer) várias lições que vão muito além do entretenimento. Bora dar uma olhada?
O TikTok e a nova forma de aprendizado entre universitários
Pode reparar: quando um influencer compartilha a rotina corrida de estudos, a organização do planner ou como ele se vira pra pagar os boletos da rep, rola uma identificação imediata. De um jeito leve e sem pretensão, muita gente está absorvendo dicas sobre produtividade, hábitos de estudo, saúde mental e até empreendedorismo.
A mágica está no formato. Vídeos curtos, dinâmicos e com aquela edição afiada transformam o que seria um conteúdo “chato” em algo viciante. E isso vem mudando a forma como os universitários encaram o próprio aprendizado.
Influencers universitários viraram os professores não-oficiais da geração Z?
Quem nunca aprendeu uma receitinha de miojo gourmet? Ou pegou dicas valiosas de como economizar com xerox, transporte ou material de aula? O TikTok virou um laboratório informal de sobrevivência acadêmica. E os influencers, mesmo sem formação em pedagogia, têm muito a ensinar:
Organização de rotina: vídeos de “study with me” ensinam a estruturar o dia, usando técnicas como Pomodoro, bullet journal ou apps de produtividade;
Dicas de estudos: tem conteúdo explicando como se preparar pra prova, memorizar fórmulas e até manter o foco em dias de desespero total;
Vida financeira: com bom humor e realidade, mostram como sobreviver com R$10 no RU ou como fazer renda extra vendendo brownie, dando aula ou fazendo freelance;
Saúde mental: falam abertamente sobre burnout, ansiedade e a importância de respeitar os próprios limites.
O impacto dos influencers universitários na escolha do curso
Muita gente acaba escolhendo um curso ou mudando de área depois de acompanhar a rotina de um criador que compartilha o dia a dia da graduação. Esses vídeos funcionam como uma janela realista para a vida acadêmica.
Quem está em dúvida entre Direito e Psicologia, por exemplo, pode ver como é a rotina, as leituras, os estágios e as crises existenciais de cada um — tudo com um toque de humor e verdade. O conteúdo ajuda os universitários (e futuros calouros) a tomarem decisões mais conscientes.
O lado real da vida universitária: sem filtros, sem roteiros
As universidades são sempre vendidas com aquele glamour das fotos ensolaradas e dos alunos sorridentes. Mas a real é outra: fila no bandejão, boletos acumulando, noites viradas, cafeína no sangue. E é justamente isso que torna os influencers tão relevantes: eles mostram a experiência real, sem filtro.
E tem mais: ao compartilhar perrengues, conquistas e até inseguranças, esses criadores acabam criando um senso de comunidade entre os universitários. Quem acompanha sente que não está sozinho — e isso tem um valor imenso.
Quando o entretenimento ensina mais que uma palestra
Muita gente começa a seguir um perfil por causa de um meme ou um vídeo engraçado sobre as provas finais… e acaba ficando porque se reconhece ali. A vida universitária retratada no TikTok é um reflexo do que rola nos corredores, nas salas, nos ônibus lotados às 6h da manhã.
Mais do que conteúdo, o que esses influencers estão oferecendo é acolhimento. Eles mostram que tá tudo bem não ter tudo sob controle, que o cansaço é real, que chorar por causa de uma nota baixa também faz parte. E que rir disso tudo, às vezes, é o que salva.

Como os universitários estão aprendendo soft skills pelo TikTok
Além de dicas práticas, muitos criadores estão ajudando os universitários a desenvolverem competências que vão além da sala de aula. Empatia, inteligência emocional, pensamento crítico e até saber lidar com críticas estão entre as chamadas soft skills que aparecem nos bastidores dos vídeos.
Quando um influencer compartilha uma frustração ou uma conquista com sinceridade, ele está promovendo conversas mais humanas — algo que muita gente só vive anos depois, no estágio ou no mercado de trabalho.
O impacto não intencional: habilidades para a vida
Sem querer querendo, muitos criadores acabam ensinando habilidades que a faculdade nem sempre entrega:
Comunicação e oratória: quem grava vídeos acaba aprendendo a se expressar melhor — algo super útil em apresentações, entrevistas e até na vida profissional;
Marketing pessoal: entender o que engaja, saber editar vídeos, escrever roteiros curtos e impactantes… tudo isso vira diferencial no mercado de trabalho;
Gestão de tempo: para manter consistência nas postagens e nos estudos, é preciso organizar bem o tempo e as prioridades — habilidade de ouro para qualquer universitário.
Universitários, conteúdo e futuro: tá tudo conectado
Com certeza. Vários influencers que começaram mostrando a rotina da faculdade já migraram para áreas mais profissionais. Uns viraram criadores de conteúdo em tempo integral. Outros usam a visibilidade para lançar marcas próprias, escrever livros, abrir negócios ou apenas fortalecer o networking.
Ou seja: o TikTok virou uma ponte entre a vida universitária e o mercado de trabalho, abrindo caminhos que nem sempre passam pela “via tradicional”.
Dica final: curtir, aprender e filtrar
Apesar de todos os pontos positivos, vale lembrar: nem tudo o que aparece no TikTok é verdade absoluta. É importante filtrar as informações, não se comparar demais e entender que cada realidade é diferente. Use a rede a seu favor, mas mantenha o pé no chão.
Ah, e se bater aquela crise existencial porque o influencer faz mil coisas e você só quer dormir… respira. A faculdade é um caos bonito mesmo. Inclusive, cada um tem o seu tempo.
E se você é daqueles universitários que só consegue estudar com um vídeo no fundo ou um barulhinho ambiente, vale dar uma olhada nesse estudo incrível sobre a influência do som no foco: estudar ouvindo barulho de café: conheça a ciência dos sons. Vai por nós, pode ser o combo perfeito entre conteúdo e concentração.