Networking: como criar conexões sem parecer forçado?

Todo mundo já ouviu que “quem tem contato, tem tudo”, mas será que existe um jeito de fazer networking na universidade sem parecer que você está forçando uma amizade só pra ganhar algo em troca? A boa notícia é que sim. E o melhor: dá pra fazer isso sendo você mesmo, sem precisar vestir uma máscara de profissional super formal em pleno intervalo do café.

A gente sabe que o termo “networking” pode soar meio corporativo demais pra quem ainda está na graduação. Mas quando você entende que se trata mais de criar conexões reais do que trocar cartões de visita, tudo muda. A universidade é o lugar ideal pra isso: é onde estão seus futuros colegas de trabalho, parceiros de projetos, referências e até amigos pra vida toda.

Passo a passo para o networking ideal (e autêntico)

Não comece com “Oi, vamos fazer networking?”

A primeira dica é simples: não chame de networking. No dia a dia da universidade, a coisa acontece naturalmente. Um bate-papo depois da aula, uma conversa durante um trabalho em grupo ou até uma ajuda na biblioteca já são momentos valiosos pra criar laços. Essas interações, por mais pequenas que pareçam, podem virar grandes oportunidades.

Comece sendo genuinamente curioso sobre as pessoas. Pergunte sobre o projeto que a pessoa está fazendo, o estágio que ela conseguiu ou a matéria que está estudando. Demonstrar interesse sem parecer que você quer algo em troca é o caminho pra qualquer relação verdadeira.

Do café ao LinkedIn: como fazer conexões autênticas

As redes sociais são um ótimo complemento, mas o verdadeiro networking começa no presencial. E o café da cantina é quase um “ponto de encontro oficial” da universidade. Puxe assunto, escute, compartilhe uma dica de professor ou evento.

Depois, leve essa conexão pro digital. Adicionar alguém no LinkedIn depois de uma conversa bacana não é puxação de saco — é uma forma de manter contato. Mas, por favor, nada de mensagens genéricas como “Olá, gostaria de fazer parte da sua rede”. Personalize: “Oi, adorei trocar ideia sobre aquele projeto de audiovisual, bora manter contato?”

Aliás, já aproveita e confere esse conteúdo que tem tudo a ver: Como monetizar suas habilidades na graduação com economia criativa.

Eventos, oficinas e projetos: o lado B das oportunidades

Além da sala de aula, tem um universo de possibilidades esperando por você:

  • Oficinas e palestras: são ótimos espaços pra aprender e, claro, conhecer gente que curte o mesmo assunto.

  • Projetos de extensão: juntar teoria e prática com outras pessoas é tipo networking premium, porque vocês convivem, erram e acertam juntos.

  • Grupos de estudo e mentorias: estudar junto é uma desculpa excelente pra criar laços e ainda mandar bem na prova.

A dica aqui é se jogar nas atividades que te interessam de verdade. Quando você tá engajado com algo que gosta, atrai naturalmente pessoas com os mesmos interesses. E isso já é metade do caminho andado.

E se eu for tímido?

Networking não é exclusividade de quem ama falar em público. Se você é mais na sua, foque em conexões um a um. Convide alguém pra estudar junto, troque ideias por mensagens, ofereça ajuda em um trabalho. Você pode se surpreender com a força dessas interações mais discretas.

Outra saída ótima são os espaços digitais. Participar de fóruns da turma, grupos do WhatsApp ou até comunidades no Discord da universidade pode render bons contatos, mesmo sem sair de casa.

Evite o “contatinho interesseiro”

Sabe aquela pessoa que só aparece quando precisa de alguma coisa? Pois é, ninguém quer ser ela. Networking de verdade se constrói com troca, e não com cobrança. Compartilhe oportunidades, indique um amigo pra uma vaga, ofereça um material legal pra quem faltou na aula. Ser generoso com o que você sabe e tem é uma forma natural de fortalecer seus laços.

E mais: mantenha o contato. Não precisa ser o melhor amigo de todo mundo, mas mandar um “boa sorte na apresentação” ou “vi essa vaga e lembrei de você” já mostra que você se importa.

Networking com professores também conta — e muito

Muita gente esquece que os professores também são parte fundamental da rede de contatos. Além de mestres no conteúdo, eles têm experiência de sobra no mercado, participam de eventos acadêmicos, orientam pesquisas e podem abrir portas valiosas com uma simples indicação.

A dica aqui é: apareça nas aulas, pergunte, troque ideia no final da aula. Mostrar interesse já é meio caminho andado pra criar uma relação genuína. E sim, vale manter contato depois da disciplina também — especialmente se você curtiu a área.

Networking entre cursos: sair da bolha expande seu universo

É fácil cair na bolha do próprio curso, mas os contatos mais inesperados (e valiosos) podem vir de outras áreas. Um estudante de design pode se conectar com alguém de TI e criar um app. Um futuro jornalista pode entrevistar um aluno de biomedicina pra um projeto de podcast, por exemplo.

A troca entre cursos amplia repertório, gera ideias novas e ainda treina o olhar colaborativo, super valorizado no mercado. Fique de olho em eventos abertos, ligas e projetos interdisciplinares — eles são verdadeiros pontos de encontro criativo.

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Se feito da forma correta, o networking continua mesmo depois da formação. Segue essas dicas. / Foto: Freepik.

E depois da faculdade? Mantendo seu networking vivo

Não é porque a graduação acabou que as conexões também precisam morrer. A universidade é só o começo de muitos ciclos. Adicione seus contatos nas redes profissionais, envie mensagens de tempos em tempos, compartilhe oportunidades.

Mostrar que você lembra da pessoa e torce pelo sucesso dela ajuda a manter viva aquela parceria iniciada lá no intervalo da aula de cálculo. O networking, quando é real, continua mesmo fora do campus.

Resumo do rolê: seja você, e seja presente

Sobretudo, o networking na universidade não precisa (e nem deve) parecer um pitch de vendas ambulante. Na real, as melhores conexões nascem quando você está simplesmente vivendo a sua graduação com interesse e presença. O resto vem — e vem forte, de fato.

Enfim, lembra que o networking pode começar com um “me empresta seu caderno?” e acabar numa sociedade de startup daqui a alguns anos. Aliás, tudo isso começa agora, com as pessoas ao seu redor.

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