Sabe aquele evento universitário que você já iria de qualquer forma, só pela experiência? Pois é, ele pode render muito mais do que boas histórias no grupo do WhatsApp. Com um pouco de organização e criatividade, dá para transformar a cobertura desses eventos em horas complementares — e ainda fortalecer seu portfólio se você curte jornalismo.
A melhor parte? Dá pra fazer isso mesmo sem estar matriculado em um curso de Comunicação. Se você manda bem na escrita, manja de redes sociais ou curte editar vídeos, já tem meio caminho andado.
Como a cobertura de eventos se encaixa nas horas complementares?
Muita gente nem imagina, mas várias universidades aceitam atividades ligadas à produção de conteúdo como parte das horas complementares. E isso vale para eventos acadêmicos, culturais, esportivos ou até voluntários.
O segredo está em produzir algo tangível: um texto, uma reportagem, um vídeo, uma sequência de stories bem feitos, um post de blog, um podcast… opções não faltam.
Dependendo das regras da sua instituição, esse tipo de cobertura pode se encaixar como:
Atividade de extensão ou de comunicação;
Produção de conteúdo acadêmico;
Participação em eventos com registro da experiência.
O ideal é sempre conferir com a coordenação do seu curso qual a categoria mais adequada. Mas em geral, desde que você comprove sua produção, já é meio caminho andado.
Dá uma olhada aqui em outras formas de conseguir horas complementares!
O que pode ser coberto?
A resposta rápida: quase tudo. Desde que o evento esteja relacionado ao ambiente universitário ou tenha relevância acadêmica, cultural ou social, já pode virar pauta. Alguns exemplos:
Palestras, workshops e congressos;
Feiras acadêmicas ou científicas;
Atividades culturais, como saraus ou exposições;
Campeonatos esportivos ou gincanas intercampi;
Ações sociais organizadas por coletivos ou centros acadêmicos.
Inclusive, alguns eventos são um prato cheio pra quem gosta de explorar diferentes formatos de conteúdo. Imagine fazer uma thread no X (Twitter) durante uma gincana, ou gravar um vídeo estilo vlog em um congresso de Psicologia? Vale tudo, desde que você registre bem a experiência.
O que precisa para validar a cobertura como horas complementares?
Não adianta só “estar presente”. Se a ideia é garantir horas complementares, é preciso produzir algo que comprove sua participação e, claro, que tenha qualidade.
O que apresentar:
Texto ou reportagem: Pode ser uma matéria simples, estilo jornal universitário. Vale caprichar no lead, entrevistar alguém, descrever o evento e fazer uma análise.
Vídeo ou reels: Para quem prefere imagem em movimento, vale gravar bastidores, entrevistas ou um resumo do evento.
Postagens em redes sociais: Se forem planejadas e bem organizadas, também podem ser aceitas (principalmente se forem feitas para alguma página institucional ou de projeto).
Podcast ou áudio: Um comentário pós-evento com entrevistas e impressões pode ser super criativo.
Blog ou portfólio pessoal: Se você já tem um espaço para publicar seus conteúdos, ótimo. Se não, pode usar plataformas gratuitas como Medium ou até o LinkedIn.
Além do material produzido, não esqueça de guardar:
Prints ou fotos da sua presença no evento;
Comprovante de inscrição (se houver);
Declaração de participação (caso possível).
Aliás, se ainda está meio perdido no universo das atividades extracurriculares, recomendamos esse texto aqui: Calouro ou veterano, quase todos precisam de horas complementares.
Como organizar a cobertura para conquistar horas complementares
Não adianta só participar do evento e produzir um conteúdo qualquer. Para que a cobertura realmente valha como horas complementares, é fundamental ter um plano. Comece criando um checklist básico:
Qual será o formato da cobertura (vídeo, texto, reels, etc.)?
Quem você pode entrevistar?
Quais perguntas vão guiar seu conteúdo?
Vai publicar em alguma rede ou blog? Precisa de autorização?
Depois, pense no prazo. Alguns eventos liberam declarações na hora, outros só depois. E ainda tem o tempo de editar, revisar e montar o arquivo final para envio na faculdade. Organização é tudo para não correr o risco de perder aquele crédito precioso por descuido.

Dicas de ouro para quem quer brilhar na cobertura
1. Vá preparado
Antes do evento, pesquise quem vai estar lá, os principais temas abordados, horários e possíveis pontos de destaque. Ter uma pauta básica ajuda muito.
2. Use o olhar jornalístico
Não se contente em só registrar o que aconteceu. Pergunte-se: O que esse evento quer dizer? Como ele afeta a vida universitária? Quem são as pessoas envolvidas? Um toque de reflexão dá outro peso ao seu conteúdo.
3. Capture boas imagens e áudios
Se for gravar, escolha lugares com iluminação razoável e evite ambientes muito barulhentos. Um bom fone de ouvido com microfone já ajuda bastante a melhorar o resultado.
4. Cuidado com o plágio
Parece básico, mas sempre vale lembrar: nada de copiar textos prontos ou pegar trechos de falas sem indicar fonte. A ética também conta pontos, inclusive na hora da validação.
5. Pense como se fosse publicar
Mesmo que o conteúdo seja só para entregar no sistema da faculdade, encare como se fosse sair em uma revista ou no site do seu curso. Dá outra motivação e eleva a qualidade.
Horas complementares e portfólio: dois coelhos com uma cobertura só
Além de bater seu número de horas complementares, cobrir eventos é uma excelente forma de montar um portfólio, mesmo se você não for da área de jornalismo.
Imagina só apresentar em uma entrevista de estágio que você já cobriu um congresso ou fez a cobertura completa de uma feira universitária? Isso mostra iniciativa, boa comunicação e domínio de ferramentas digitais. Ou seja, um diferencial enorme no mercado atual.
Se quiser levar a sério, crie uma pasta no Google Drive, um perfil no Medium ou um Instagram profissional onde possa organizar suas produções. As horas passam, mas o portfólio fica!
E quem não é de jornalismo, pode fazer?
Pode sim! Apesar do tema ter tudo a ver com a galera de jornalismo, a cobertura de eventos está aberta a qualquer estudante com iniciativa e disposição. Muitos cursos, inclusive, incentivam esse tipo de produção interdisciplinar.
E, sejamos honestos: com redes sociais e ferramentas online cada vez mais acessíveis, todo mundo é um pouco comunicador hoje em dia. O importante é ter um propósito, um olhar atento e vontade de se expressar.
Horas complementares: cobrir eventos pode ser mais do que um dever
Além de conquistar as desejadas horas complementares, essa experiência pode te surpreender de outras formas. Você se conecta com temas novos, conhece pessoas incríveis, melhora sua comunicação e, de quebra, ainda deixa seu currículo mais interessante.
Então, da próxima vez que estiver com o celular na mão durante um evento, pensa: será que isso aqui não rende uma cobertura top e algumas horas complementares de bônus? Spoiler: provavelmente, sim.