Horas complementares e portfólio: como unir os dois?

Todo mundo já ouviu falar sobre as horas complementares obrigatórias da faculdade — palestras, workshops, cursos livres, monitorias, projetos… Mas e se a gente dissesse que elas podem ser muito mais do que uma obrigação no histórico escolar? Sim, é totalmente possível (e inteligente) transformar essas experiências em algo que brilhe no seu portfólio ou até no seu perfil do LinkedIn.

Se você quer que sua trajetória universitária não fique engavetada num certificado esquecido, cola com a gente. Bora transformar esforço em vitrine?

Transformando horas complementares em conteúdo profissional

Primeiro passo: encare cada hora como uma peça do quebra-cabeça

Antes de sair colecionando certificados como figurinhas, vale refletir: essa atividade tem a ver com a área que eu quero seguir? Pode parecer óbvio, mas muita gente esquece desse detalhe e acaba acumulando horas que não ajudam a contar uma boa história profissional.

Escolher atividades que conversem com seus interesses — ou melhor ainda, com o que você sonha fazer lá na frente — faz com que o seu portfólio comece a se formar de forma natural. Um curso de UX design, por exemplo, pode ser uma baita porta de entrada pro mundo da tecnologia, mesmo que sua graduação não seja exatamente na área.

Portfólio não é só pra quem faz design

Sim, a palavra portfólio pode até remeter àquela pasta cheia de artes gráficas ou projetos criativos. Mas a real é que qualquer área pode (e deve) mostrar o que anda produzindo por aí.

Fez um curso sobre liderança? Crie um mini resumo com os principais aprendizados. Participou de um congresso? Produza um post no LinkedIn sobre o evento e seus insights. Atuou como voluntário em um projeto social? Conta essa experiência como um case de trabalho em equipe, gestão de tempo, empatia.

Essas vivências dizem muito mais sobre você do que o nome do curso ou a quantidade de horas feitas. E é aí que mora o ouro: transformar certificado em conteúdo com propósito.

Dicas práticas pra transformar horas complementares em conteúdo de impacto

1. Documente tudo de forma criativa

Sabe aquele certificado padrão em PDF? Ele pode até ir parar na gaveta, mas a experiência por trás dele merece espaço. Crie uma pasta no Google Drive, Notion ou Canva com o registro de cada atividade:

  • Nome do evento/curso;

  • Tema;

  • Duração;

  • Principais aprendizados;

  • Como você aplicou isso na prática (se aplicou).

A ideia é ter uma memória organizada do que você fez e como isso contribuiu pra sua formação. Aliás, esse material pode virar post, case, artigo ou até tópico de entrevista.

2. Construa um portfólio com personalidade

Mesmo que você ainda não tenha muita experiência no mercado, dá pra mostrar o quanto você está em movimento. Use plataformas como Behance, Medium, LinkedIn ou até um blog pessoal pra montar esse portfólio.

Inclua:

  • Resumos reflexivos sobre palestras

  • Relatos de participação em eventos

  • Projetos colaborativos feitos na faculdade

  • Iniciativas extracurriculares (grêmio, empresa júnior, monitoria)

E se quiser ver como registrar as atividades de forma oficial, dá uma passada aqui.

3. Transforme conhecimento em conteúdo

Aprendeu algo bacana em uma oficina? Faça um post explicando com suas palavras. Participou de uma roda de conversa que te inspirou? Grave um vídeo curto no Instagram contando sobre isso.

Produzir conteúdo em cima do que você viveu é uma maneira de fixar o aprendizado, mostrar autoridade no assunto e ainda fortalecer seu posicionamento profissional.

LinkedIn: a vitrine que todo universitário deveria usar

Se você ainda acha que o LinkedIn é só pra quem já tem anos de carreira, pode tirar o cavalinho da chuva. A plataforma tem espaço de sobra pra universitários construindo sua trajetória desde já.

Além de preencher suas experiências e cursos, use o LinkedIn pra contar histórias. Nada de só postar o certificado. Escreva sobre como aquela experiência te impactou, o que você aprendeu, como aquilo se conecta com seus objetivos. Isso atrai a atenção de recrutadores, professores e até futuros parceiros de projeto.

Ah, e não esquece de interagir: curta, comente, troque ideias. Afinal, o networking começa por ali.

pequenos-projetos-para-horas-e-portfólio-na-faculdade
Cada certificado pode virar uma história incrível. Entenda o papel dos pequenos projetos. / Foto: Freepik.

Seja por horas ou portfólio, os pequenos projetos valem ouro

Você não precisa ter participado de um mega evento internacional pra ter algo legal no portfólio. Às vezes, um projeto feito em sala de aula, uma apresentação bem montada, um artigo que você escreveu com dedicação — tudo isso pode (e deve) entrar na sua construção profissional.

A chave é olhar pra essas experiências com um olhar estratégico: o que isso revela sobre mim como profissional em formação?

Crie uma linha do tempo da sua evolução

Uma ideia criativa e super útil é montar uma linha do tempo com as suas horas complementares ao longo da graduação. Isso ajuda a visualizar sua trajetória, destacar momentos-chave e mostrar como você evoluiu com consistência. Pode ser algo visual (tipo um infográfico no Canva) ou até mesmo um post estilo carrossel no LinkedIn.

Essa abordagem permite que você organize as experiências em ordem cronológica, ressaltando os aprendizados e as conquistas em cada etapa. Além disso, a linha do tempo facilita a identificação das áreas em que você mais se destacou e serve como um guia para futuras atividades que podem complementar ainda mais o seu portfólio.

E quando não for algo da sua área?

Nem sempre dá pra fazer só atividades 100% relacionadas ao seu curso, e tudo bem. Muitas vezes, são essas experiências “fora da caixinha” que fazem você se destacar. Um estudante de engenharia que participou de um curso de escrita criativa pode mostrar versatilidade. Alguém de psicologia que fez parte de uma startup júnior, pode destacar habilidades de gestão e empreendedorismo.

O importante é contextualizar. Mostre como você tirou aprendizados dali — e como eles podem ser úteis em diferentes cenários profissionais.

Hora de virar o jogo: suas horas complementares podem ir do simples certificado ao diferencial no mercado!

No fim das contas, as horas complementares não são só um número a cumprir. Elas podem ser a ponte entre a vida acadêmica e o mercado, entre teoria e prática, entre expectativa e realidade.

Se você conseguir transformar essas experiências em algo com propósito, significado e presença digital, estará dando um passo à frente na sua formação. O segredo tá em escolher bem, participar de verdade e contar suas histórias com autenticidade.

E aí, bora fazer das horas complementares um item de destaque no seu portfólio? Inclusive, se curtir essas dicas, aproveita e confere nosso conteúdo completão sobre o tema aqui: Tudo o que você precisa saber sobre horas complementares.

POSTS RECENTES

ARTIGOS RELACIONADOS