Entrar na universidade é o sonho de muita gente, mas quando a grana aperta, o caminho pode parecer mais difícil. É aí que entra o FIES, o programa de financiamento estudantil do Governo Federal que dá uma força para quem quer fazer o ensino superior, mas não consegue bancar os custos da mensalidade.
Se você está de olho em uma faculdade particular e precisa de uma ajudinha para pagar, vem com a gente entender como o programa funciona, quem pode participar e o que muda na vida de quem escolhe essa alternativa.
O que é o FIES e como ele funciona?
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação (MEC) criado para facilitar o acesso ao ensino superior em instituições privadas. Com ele, o estudante pode financiar até 100% da mensalidade e pagar só depois de terminar o curso, com condições bem mais leves que as de um empréstimo tradicional.
Atualmente, o FIES está dividido em duas modalidades:
FIES (juros zero para quem tem renda familiar de até três salários mínimos por pessoa)
P-FIES (com juros baixos, destinado a quem tem renda familiar de até cinco salários mínimos)
Ou seja, dependendo da sua renda e da instituição onde você pretende estudar, dá para escolher a opção que melhor encaixa no seu bolso.
Quem pode se inscrever no FIES?
Nem todo mundo pode acessar o programa, então vale ficar atento aos critérios básicos:
Ter feito alguma edição do ENEM a partir de 2010, com nota mínima de 450 pontos e sem zerar a redação.
Ter renda familiar mensal de até três salários mínimos por pessoa (para a modalidade tradicional).
Estar matriculado em um curso de graduação com avaliação positiva no MEC.
Ou seja, não basta querer — é preciso se encaixar nos critérios e também mandar bem no ENEM. Aliás, se você ainda não sabe como usar a nota do ENEM para entrar em uma universidade pública, dá uma olhada neste conteúdo aqui.
Quais são os passos para solicitar o FIES?
O processo de inscrição no programa é todo digital e rola no site (fies.mec.gov.br). Veja o passo a passo:
Faça o cadastro no site dentro do prazo de inscrições divulgado pelo MEC.
Informe seus dados pessoais, nota do ENEM e a renda familiar.
Escolha o curso, a instituição e a modalidade de financiamento desejada.
Após a pré-seleção, comprove as informações fornecidas na faculdade e no banco parceiro (como Caixa ou Banco do Brasil).
Assine o contrato e pronto! Você já está com o financiamento garantido.
Quais são as vantagens do FIES?
Se você está se perguntando se vale a pena entrar nesse programa, aqui vão alguns pontos positivos:
Mensalidade mais acessível (ou até zero) durante o curso
Carência de até 18 meses após a formatura para começar a pagar
Juros zero na modalidade tradicional
Parcelamento estendido da dívida
Para muita gente, o FIES é a única maneira de estudar em uma boa faculdade privada e construir uma carreira de sucesso sem se afundar em dívidas logo de cara.
E quais são os cuidados que você precisa ter?
Nem tudo são flores. Antes de entrar no programa, é fundamental colocar na balança alguns pontos:
Mesmo com juros baixos, o financiamento não é gratuito.
A dívida só começa a ser paga depois da formatura, mas ela existe e precisa ser planejada.
Em caso de inadimplência, o nome pode ir para o SPC/Serasa.
Se você desistir do curso, a dívida continua e pode ficar mais difícil de administrar.
Então, a dica é simples: use o programa com consciência e planejamento. E se pintar dúvida entre FIES e outras alternativas, vale conferir como funciona o Prouni, que oferece bolsas de estudo em vez de financiamento.
FIES x Prouni: qual é a melhor opção?
Essa é uma pergunta clássica. A diferença principal entre os dois é que o Prouni oferece bolsas (parciais ou integrais), enquanto o FIES é um empréstimo. Quem tem uma boa nota no ENEM e se enquadra nas regras do Prouni pode estudar sem pagar nada ou pagando menos. Já o FIES pode ser uma boa alternativa para quem não conseguiu bolsa, mas ainda quer seguir estudando.
Nada impede, aliás, de tentar os dois! Tem gente que tenta o Prouni e, caso não seja aprovado, corre para o FIES. A ideia é ter planos A, B e até C se for preciso.
O programa é para todos?
Embora o FIES tenha sido criado para democratizar o acesso à educação superior, ele ainda está limitado a alguns critérios socioeconômicos e acadêmicos. Por isso, é sempre importante se informar bem antes de se inscrever. Ah, e vale lembrar que não são todas as faculdades nem todos os cursos que participam do programa. O curso precisa ter avaliação positiva no MEC e estar devidamente cadastrado.
Depois do FIES, o que acontece?
Assim que você se forma, o cronômetro começa a rodar. Durante o período de carência, você tem um tempinho para se estabilizar financeiramente antes de iniciar os pagamentos. Depois disso, a grana começa a sair do seu bolso mensalmente, então é fundamental ter organização para não deixar a dívida virar uma bola de neve.
O FIES e o impacto na trajetória profissional
Optar pelo FIES não é apenas uma escolha financeira, mas também estratégica. Muitas carreiras exigem um diploma de ensino superior como porta de entrada para o mercado de trabalho. Ao garantir sua formação por meio do programa, você abre portas para estágios, concursos e oportunidades que exigem qualificação.
É o tipo de decisão que pode transformar não só seu presente acadêmico, mas também seu futuro profissional — e é por isso que tantos estudantes veem o FIES como um investimento em si mesmos.
Bora dar o próximo passo?
Se você quer estudar, mas o bolso anda curto, o FIES pode ser o empurrão que faltava. Com ele, dá para começar sua faculdade agora e só se preocupar com os pagamentos mais pra frente. Mas lembre: informação é poder. Analise todas as possibilidades, entenda seu perfil financeiro e veja se esse programa faz sentido para você. Aqui no HiCampi, a gente acredita que educação muda vidas — e o FIES pode ser o seu caminho para isso.