Álcool e estudos: dá para manter o equilíbrio ou é utopia?

Faculdade é sinônimo de aprender muita coisa – e não só na sala de aula. Entre uma aula teórica e um trabalho em grupo, o universitário se encontra no meio de mil responsabilidades… e, às vezes, de um rolê com bebida envolvida. Mas será que dá pra conciliar os estudos com o álcool? Ou é tipo tentar equilibrar uma torre de Jenga depois de umas latinhas?

Spoiler: é possível, sim. Mas exige consciência, responsabilidade e um pouco de maturidade (ainda bem que a maioridade já veio, né?). Então bora trocar uma ideia sincera sobre como viver a vida universitária sem transformar o semestre em um eterno ressacão.

A real: estudos e bebida sempre andam juntos?

Não necessariamente. Mas a verdade é que o álcool acaba sendo parte do cotidiano de muita gente na universidade, seja nas festas da república, no barzinho depois da aula ou até naquela social improvisada com os colegas de turma.

E tá tudo certo em celebrar, curtir, rir alto e brindar conquistas — desde que isso não vire desculpa pra fugir das responsabilidades. A questão aqui não é demonizar a bebida, mas entender o impacto que ela pode ter na rotina universitária e, claro, nos estudos.

Ah, e vale sempre o reforço: bebida alcoólica é só pra maiores de 18 anos, ok? E isso não é só uma formalidade. O consumo antes da idade permitida pode ter efeitos ainda mais pesados no corpo e na mente, sem falar nas questões legais.

Quando o rolê começa a atrapalhar os estudos

Tá tudo indo bem até que… você percebe que perdeu uma aula importante porque estava de ressaca, ou que deixou de estudar pra prova porque a cervejinha virou uma maratona. Se isso acontece com frequência, talvez seja hora de puxar o freio.

Alguns sinais de alerta de que o álcool tá impactando sua vida acadêmica:

  • Falta em aulas por conta de festas ou ressacas;

  • Dificuldade de concentração nos estudos;

  • Trocar o tempo de leitura ou revisão por mais uma saideira;

  • Procrastinar trabalhos e entregas importantes por conta de rolês;

  • Queda no desempenho e nas notas.

Se você se identificou com pelo menos dois itens aí de cima, é sinal de que o equilíbrio foi pro brejo. Mas calma, tem como ajustar a rota.

O rolê consciente existe (e salva)

Ninguém tá dizendo que você precisa virar monge ou negar o convite da galera sempre. A ideia é entender seus próprios limites e saber fazer escolhas — o famoso “beber com responsabilidade”, mas adaptado à vida universitária.

Algumas dicas pra manter o rolê sob controle:

1. Agenda é tudo

Tem prova amanhã? Então talvez hoje não seja o melhor dia pra virar a noite no bar. Não é sobre dizer “não” sempre, mas sobre escolher quando dizer “sim”.

2. Menos é mais

Você não precisa beber todas pra curtir. Às vezes, uma ou duas doses são mais do que suficientes pra dar aquela animada e ainda manter o controle da situação.

3. Se alimente bem (e se hidrate também!)

Comida no estômago e água entre os drinks ajudam a diminuir os efeitos da bebida. Inclusive, a gente já falou sobre alimentação saudável na faculdade aqui.

4. Evite usar o álcool como muleta emocional

Tá estressado? Ansioso? Cansado da rotina? Não transforme o álcool em fuga. Isso pode virar uma cilada — emocional e acadêmica.

A pressão social que ninguém fala

Tem um lado da faculdade que ninguém te prepara direito: a pressão do grupo. “Bora tomar uma”, “só hoje”, “você é o único que não tá bebendo?”. Soa familiar?

Resistir à pressão pode parecer chato no início, mas escolher o que é melhor pra você (mesmo que seja um “não”) é sinal de maturidade. E, olha, tem muito universitário por aí que também quer desacelerar, mas acha que vai ser julgado. Ou seja: você não tá sozinho.

E se você for da galera que não bebe por escolha, religião ou qualquer outro motivo — tudo certo também. Vida universitária não precisa ser regada a álcool pra ser inesquecível.

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Fique por dentro do que a ciência fala sobre o álcool durante os durantes. / Foto: Freepik.

Estudos x álcool: o que a ciência diz?

A ciência tá aí pra mostrar que o consumo excessivo de álcool afeta diretamente funções como a memória, o raciocínio lógico e até a qualidade do sono. Tudo o que a gente precisa pra mandar bem nas provas e trabalhos, né?

Beber pontualmente, em pequenas quantidades e longe dos períodos de avaliação, costuma ter um impacto menor. Mas se vira rotina, o rendimento nos estudos vai pro limbo rapidinho. Ainda mais se a ressaca for emocional — sim, isso existe e afeta até mais que a física.

E quando o problema é maior do que parece?

Às vezes, o consumo de álcool na faculdade ultrapassa o “social” e começa a ser usado como válvula de escape ou até dependência. Se você percebe que não consegue se divertir sem beber, ou que a bebida tá causando problemas reais com amigos, familiares ou nos estudos, é importante buscar ajuda.

As universidades geralmente oferecem apoio psicológico gratuito. E tem muita ONG e serviço público com atendimento especializado. Pedir ajuda não é fraqueza — é coragem.

Dicas extras pra universitários que querem conciliar tudo sem surtar

  • Crie uma rotina realista e que inclua momentos de descanso e lazer;

  • Monte um cronograma com antecedência (inclusive das baladas);

  • Priorize os estudos nos momentos mais importantes do semestre;

  • Use as festas como recompensa — não como desculpa pra adiar tudo;

  • Seja transparente com seus amigos sobre suas escolhas e limites.

O resumo de tudo: o equilíbrio nos estudos é possível, sim

A vida universitária é feita de experiências — nas salas de aula, nos corredores, nos bares e nas repúblicas. Não é utopia querer manter os estudos em dia e ainda curtir o rolê. O segredo tá no equilíbrio, no autoconhecimento e na consciência de que tudo tem seu momento.

A gente sabe que ninguém é de ferro. E sim, dá pra brindar as vitórias com a galera, rir até doer a barriga e ainda manter as notas no azul. Mas tudo isso funciona melhor quando você cuida de si, respeita seus limites e não deixa que o álcool comande seus passos.

E aí, bora viver a faculdade com responsabilidade, boas histórias e muitos aprendizados? Porque no fim das contas, é sobre isso: construir memórias (e diplomas!) sem esquecer quem você é no caminho.

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