Rafael Alves Sobrinho Filho, tem 36 anos, atendente administrativo e mestrando em comunicação e cultura.
A história de Rafael Alves
Rafael foi uma pessoa que teve bastante dificuldade na vida, órfão de pai e mãe, foi morar com a avó, e após alguns conflitos familiares acabou indo morar na rua até as coisas se acertarem e ele iniciar a primeira de suas três graduações na Universidade de Sorocaba, em administração.
Apesar de gostar do curso ainda não era bem o que queria, então ele decidiu fazer gastronomia para futuramente abrir seu próprio restaurante. Durante a formação Rafael precisou apresentar um vídeo publicitário sobre a universidade e depois de receber comentários positivos e incentivo iniciou sua terceira graduação, em jornalismo, onde se encontrou.
Apesar dos desafios como o etarismo e o cansaço sempre recebeu motivação da professora Evenize. Realizou trabalhos sobre samba autoral e outro sobre africanidades de Sorocaba, onde analisou o jornal Cruzeiro do Sul durante 2 anos, descobrindo que entre as notícias veiculadas apenas 4% diziam respeito às comunidades negras, nesse trabalho Rafael descobriu que não houveram notícias sobre o aniversário de 100 anos da professora Ondina nem sobre o clube 28 de setembro.
O livro reportagem de Rafael
Antes de idealizar o livro reportagem de Jorge Narciso para seu TCC o jornalista pretendia escrever sobre várias personalidades negras importantes começando por uma extensa lista, até que em conversas com sua orientadora e com o professor Fernando Negrão decide escrever apenas sobre Jorge Narciso. “Sempre ouvi falar sobre ele, em uma conversa com o professor Fernando ele me disse que faltava um nome na lista, o de Jorge. Naquele ano fazia 20 anos que ele havia morrido e seu nome me rondava”.
Depois de visitar o túmulo de Jorge e conversar com seu filho, Rafael inicia o trabalho. Ele relata ter se emocionado diversas vezes durante seu desenvolvimento. Aliás, Jorge Narciso foi influente e importante para a comunidade negra e para a Universidade de Sorocaba. Foi a primeira pessoa que o professor Aldo Vannucchi procurou quando foi fundar a Uniso. Aliás, ele ajudou a fundar o Nucab, participou do Rotary Club, Clube 28 de Setembro. Além ajudar muitas pessoas a estudar pagando a faculdade, contas de água e luz e alimentos. Além disso, ele lutava para que colocassem funcionários negros na prefeitura de Sorocaba.
Conversando com as fontes, Rafael explica que a maioria das pessoas da velha guarda, de início ficavam receosas em conversar com ele. Porém, ao perceber seu intuito sempre diziam muito sobre a bondade de Jorge.
Perspectivas para o livro
Por fim, Rafael acredita que o livro será importante para trazer reconhecimento ao Jorge Narciso e sua importância para a cidade. O livro ainda não tem data para lançamento mas o autor deseja publicar em setembro, mês de aniversário do Nucab, e futuramente fazer uma biografia sobre Jorge também.